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virtus - às escuras lyrics

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(refrão x2)
cheira a morte, vem debaixo do alcatrão das ruas
guarda da noite que pessoas matam às escuras
há solidão sem sem salvação à troca
socorro, alguém ‘tá só porque o alarme já não toca

cheira a morte, vem debaixo do alcatrão das ruas
guarda da noite que as pessoas matam às escuras
é o circuito do mundo que acorda à vista
umas p-ssam outras vêem p-ssar para p-ssar a intriga
cidadão perdido, aflito
porque engolido pela ganância mal curada e a dar socos em vidros
p-sseia pelo casino para voltar ao mesmo ponto
joga um conto, ganha um conto, fuma um conto
saiu do eixo, mas agora és tu quem faz o ex-
mais um melhor amigo a comer a tua ex-
saiu, engravidou ou vê-se nova para ser cota
e já não goza, porque à noite tudo o que não mata engorda
atração surge algures à primeira é pr-nta e siga
fazem pactos de sangue desse amor que é pr-nticida
a melhor, quem quer saber notícias onde miúdas estão mais sós
que avós em corredores de obstetrícia
é obsceno, tanto enredo, são filmes com outra carga
como é que debaixo de um telhado manos metem tanta água
inundação de situações com longa duração
ampliação de factos emergidos sem uma opção

(refrão)
cheira a morte, vem debaixo do alcatrão das ruas
guarda da noite que pessoas matam às escuras
há solidão sem sem salvação à troca
socorro, alguém ‘tá só porque o alarme já não toca

nascem bandidos por pais que não tinham um propósito
e p-ssados 8 anos recebem certidões de óbito
filhos ganham idade em enganos
carregam, entregam currículo nas ruas com envelopes castanhos
gestos urbanizados, gestos não avisados por putos improvisados
que vieram para serem usados de vez de casa feitos
sem falhas em ambientes caóticos
protótipos de locais onde não há nomes próprios
há cuca na coca e o osso já solto, tens o teu gosto
e quando aprendes a ter gosto, é já dou
então já foste
pesado, encarar isso à maneira mais sombria
pela qual ainda se põe em causa existir poesia
quem não sai aos seus gera vergonha social
e por sinal o sonho de família irreal
maus irmãos emagrecem, um ficar sem o prémio
dum familiar que ganha peso num magalhães lemos
afeiçoam-se à ação de criar pessoas
e mais tarde desarmam na feição ou receio da solidão
duma refeição à luz de: essa é companhia?
numa troca injusta e a saudade de ouvir a campainha
muitos olhos escondidos por um cobertor no chão
o sono dentro dum caixote espera oferta dum caixão
por detrás de cada homem há uma grande surpresa
porque por detrás de cada marginal há uma casa à venda

(refrão x2)
cheira a morte, vem debaixo do alcatrão das ruas
guarda da noite que pessoas matam às escuras
há solidão sem sem salvação à troca
socorro, alguém ‘tá só porque o alarme já não toca



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