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virtus - sono profundo lyrics

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[verso 1]
sou uma espécie de indivíduo
com um défice de interacção
num péssimo lugar que eu dividi o meu princípio
conduzi-o, não fiz pausas nem corridas
eu não andei adormecido
só estive a acordar para a vida
o meu odor é claustrofóbico
e o meu teor já não tem tópicos
‘tou sozinho a tratar do meu piso
quantos não pagam o meu riso
‘tou só a contar os trocos
desliguem os holofotes que eu também quero dormir
lá fora o que não deste, vês como uns dão na combustão
que a rotina faz, mas nela vês como uns estão
parto a cavilha a meio e medito
fico à deriva à medida que eu vejo tropas
trocarem o euro por libra de repente
não há remendo que a distância suporte
ou te dás com quem te rodeia
ou tornas-te um redor
eu estou indoor mesmo que a ida regresse ao mesmo
p-ssar do centro das atenções ao centro de emprego
é que também prestei serviço à espera
que a luci visse eu a agarrar numa medalha
mas tanta tralha fez-me ser vice
é a gravidade do não, ter um vazão no vazio
e “doze nós numa corda” p’ra ficar por um fio
não há o meu quando sem como não fiz
primeiro o meu c-me sem ter primeiro
pensado nisso um segundo
não me exijam competências e rumos ou mais -ssuntos
mais inúmeras coisas que ficam coisas com números

[refrão]
eu resisto ao que me acorda
se isto é só uma prova eu corro o risco e não deixo o meu sítio
eu fiz do sono a minha cova p´ra -ssumir a minha obra
descanso em paz se ficar onde eu fico

[verso 2]
não há uma escrita que me dê essa coerência que medeia
e muda o plano que se vê para um adulto que planeia
pior que duro é durar numa canseira sem freio
pensar na sorte em sorteios para não pensar “dum spiro spero”
não te alicia se não and-sses mais
a viver a esperança média de vida
a retina viu um sofá para quem a preguiça é óbvia
eu vi-te com a fé ferida a perder a fome em paróquias
há um silêncio que me engasga
nos separa me supera e me rasga
e me força a força para uma lástima, mãe
viste uma fórmula e não matéria
achavas que encher a pança com filhos tira a barriga de misérias? actos fazem-nos vê-los, brigas são novelos na casa
onde a culpa grita os ouvidos têm paredes
está dito e ponto mas noto que é um ponto e meio
eu nem sei se ‘tou meio pr-nto p’ra partir uma ponte a meio
enquanto a mão coça a barba e eu rodo o pé dum copo
há uma incerteza
que eu sacudo para onde eu não olho
agora remóis num relógio por quem se ausenta
as portas que o tempo bate
perderam as maçanetas ficar só não é esforço
mas necessário a muitos
ajudo mais solitário do que solidário
vi-me p-ssar de honesto a modesto
e a aprender “outros modos” bro
eu já tive opções, agora vivo hipóteses
eu sinto um auge que paralisa eu estou no caos da “anomalisa” com as pernas frias sentadas nos degraus
e depois? p-ssei bocados aos montes que não se juntam
e então?
são resultados de encontros que não resultam
é que eu sei, pessoas já são muitas as que vêem as nossas montras
dançam nos nossos bares
fumam nas nossas ruas
a nossa história podia ser como nos filmes
mas foram tantos os filmes por saber de histórias tuas

[refrão]
eu resisto ao que me acorda
se isto é só uma prova eu corro o risco e não deixo o meu sítio
eu fiz do sono a minha cova p´ra -ssumir a minha obra
descanso em paz se ficar onde eu fico



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