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xamã - o ronco do coiote lyrics

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[intro]
perfil, brutang 44
mc xamã, nas costas do cristo
acredito nos sonhos
1kilo, cartel mc’s

[verso 1]
hã, eaí?
de porrada nós te entope
então corre que lá vem o robocop
dando tiro pra caralho e dá trabalho pra matar até pro hanc-ck
me ofereceram cheque
com arma, maconha e rap
bangkok, z.o tá mec, lodk mó 77
varejo domecq e ret
cachorro paga barato, não mija no toalete
eu fiz a barba com gilette
na rima botei o malote
“docarri” lá do fallet
larga o pó pra ficar forte
é o ronco do coiote
jack, fuja do inferno
leve seu caderno
tome uísque morno, compre um terno
ligue pro pr-nto-socorro, mate alguém de ferro
crie asas, voe até o morro
morra como um simples cidadão moderno
hoje eu tô fedendo a ouro
tem uns beat raro, pistolão de ouro
pisadão no peito, pique goro daimon
chão de saibro
bairro do meu sangue
sangue do meu bairro
nela eu entro e saio
porra, quando eu caio
nela eu entro e saio
porra, quando eu caio
quando eu caio
a polícia vem aí, caralho
a polícia vem aí
mas quantos se divertem com o trabalho?
o meu bonde, por exemplo, fuma um e joga baralho
é sempre contra-tempo, ninguém faz aniversário
p-ssa a bolsa, otário
tu é martinho lutero
tu idolatra o clero
eu já tô chapadin
poeta no faro
meu bambino é vero
céu com quero-quero e um flow de amendoim
se mexer, disparo e se quiser te espero
e começar do zero e refazer seu fim
vou comprar um camaro, trocar num chinelo
isso eu prolifero, o céu tá azulzin
teu rato é o hamtaro, o meu é o jack sparrow
eu sou 1kilo, cartel, super saiyajin

[ponte]
nunca desmereça um menor cheio de sonho
nunca desmereça um menor cheio de sonho
nunca desmereça um menor cheio de sonho
nunca desmereça o menor (aaah)

[verso 2]
“mão na cabeça, ôh filha da puta!” vem falando o cana
calma, na minha cara um tiro bem dado
daquilo eu não saro
eu falei: “ôh, doutor, que isso, eu faço rap aqui”
rap é compromisso marcado, cê me libera
se não vou chegar atrasado no meu
pique favela na rima
menor bolado, descrito como elemento suspeito
com o olho vermelho, sujeito mal-encarado, largado
sentenciando marginal sem ser julgado
“moleque, cadê o beck? cadê o pó entocado?”
e plá, tapa na cara só pra ver se tá ligado
se eu quiser beber, eu bebo
se eu quiser fumar, eu fumo um baseado
profissão rimador
na carteira de trabalho, doutor
tá estampada a cara do culpado, meio chapado
de camisa larga e bermuda cargo, estereotipado
maluco beleza, só menor pureza
lado a lado com os corre qualificado
mas não pisa no meu calo, c-mpadi
que o nível é very hard
roda de freestyle covarde num pisa
nêgo, sua camisa com um beat colado
na rima e na brisa, me atura
minha rima fura
colete, puxa teu tapete antes de tu puxar algo da cintura
rá!

[saída]
nunca desmereça um menor cheio de sonho
(hã, salve geral, mano)
nunca desmereça um menor cheio de sonho
cartel (hã, salve geral)
hã, 1kilo, pow!



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