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yan kanthe - parnaso lyrics

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perdi, ganhei, várias vezes e tanto faz
a um p-sso do paraíso, um p-sso a mais e eu quero mais

quinta chuvosa, tão comum pra nós
de tarde escura
sorrisos nublados, voz angelical

talento anormal de me fazer tão natural
despido da falsidade, num instrumental

respira. o oxigênio bate nas paredes do pulmão
e o coração vai de contra mão a mente

entre fichas sujas e serpentes
estrelas são intrusas nesse clima entre a gente

borrascas abalando vigas mestras
trepidamos peito a dentro
e essa frota vai fluindo
permanecemos rindo
fingindo que nada nos preocupa
me blindo
nos perdemos vindo
mentindo que não é nossa culpa

quando o ponteiro alcança a meia noite
a nova morte de cada dia vem

a ausência que dói no peito, clama por novos ares
similares, em busca dos mesmos olhares
(bem)
cansados e fixos no que lhes torna a energia
farto do sentimento só, buscando sinergia

dois universos. nova fluência, cadencia, decente
simetria. instantes da harmonia

reflexo, diamante castanho. teu habitat me sinto estranho… exposto, vulnerável…

lembro do gosto, dos traços, um corpo
cristal, um copo
futuro; um foco. da tua essência decorável

teu lar é parnaso, quero ser tua casa
simples e complicado, seu tudo ou nada…

sentir tudo embaça e a dor de não ter tudo p-ssa
tudo p-ssa
como dosséis se entrelaçam

entrelaçamos, seguimos, tentamos, falhamos muitas vezes
-ssim evoluímos

possamos ser melh-r-s
-ssim nos permitimos
cantamos sendo piores
caímos mas sorrindo

sempre sorrindo
e a dor de ser cínico
irônica, sádica, sado, de auto piedade

medo do real, quando o que maltrata, não é a ilusão, e sim a verdade



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