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c57 – preconceitos lyrics

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há um acordo ortográfico atrás da sombra do público
escrito sem dúplico com sangue que escorreu no púlpito
é único, icónico, irónico, étnico, idílico
para aqueles que veem o mundo enquanto um sistema cíclico
que não evolui
que mantêm
que se adapta e que não se contêm
em que alguém se define pelo background que tem
pelo bairro de onde vem
é como mais lhes convém
soubessem eles como o preconceito lhes fica bem
responde a vigílias de currículos com mais valias
correspondе a boas famílias
apelidos trazem regalias
e os dias vão passando mas são todos semelhantes
por entre edifícios mutantes com cores gritantes
mentes sobrantes e errantes num esgotamento
todos querem ser doutores
poucos tem doutoramento
conceitos são alterados
olhos foram vendados
significados trocados, envenenados e inventados
e hoje são usados
aceites como argumentação
refugiam a intolerância e a discriminação
são fruto da ignorância e da ânsia de rotulação
ganância assegura a discordância da população
vieram em vão e eles disseram que são
profes que dentro de turmas criaram separação
e sem hesitação passaram então ao sermão
sem colocar em questão o lugar em que estão
e a recomendação é evitar os bairros sociais
para os jornais são sinónimo de marginais
pensar é mais difícil que dizer:
“são todos iguais, se lá entras não sais, são covis criminais”
e putos crescem com ideias pré+establecidas
mentes perdidas reflectem cidades mal geridas
e vão aprendo e vendo passar os anos
ensinados em enganos de planos urbanos
a sonhar em ser o scarface
a imitar os sopranos
com semi+automaticas e charutos cubanos
convencidos e entretidos a venerar tiranos
porque o dinheiro transforma filhos da puta em gajos bacanos
o que é queres que eu te diga?
é verdade, a cantiga é antiga
a sociedade pede
a realidade cede á fadiga
raramente desliga
e faz com que não se consiga passar à outra liga
preconceitos são mitómanos
não confiam em ninguém mas tratam todos por manos
precisas de aprender que há insultos escondidos
no silêncio dos conflitos que foram mal resolvidos
e que palavras podem trazer dois sentidos
e que elas regressam apenas para te assombrar os ouvidos
com factos omitidos e complexos adquiridos
de sentidos adormecidos com pedidos fingidos
e quando pensas estar seguro elas atacam sem veres
estão marcadas na rotina dessa sina de afazeres
tiram direitos dão deveres e sem tu te aperceberes
deixam+te um número para ligares e agradeceres
porque eles insistem “a morada não tem importância”
mas na entrevista de emprego ela tem relevância
é a predominância da vigilância que ela prefere
a elegância da dissonância que ninguém refere
porque o respeito é+te dado se andares engravatado
mete um cap e uma sweat e tu és olhado de lado
os preconceitos tornam mais fácil discriminar
e divididos somos mais fáceis de controlar
frases são labirintos para os valores extintos
induzidos a pensar que estamos em lados distintos
todos seguimos instintos e queremos o nosso cantinho
comida na mesa e prendas no sapatinho
mas cunhas e locais tornam+se credenciais
oferecem oportunidades desproporcionais
sempre baseados em aspectos superficias
porque fatos transformam parvos em intelectuais
tecem e distorcem as tomadas de posição
fronteiras elegem e emergem do alcatrão
e permanecem preparadas para a sucessão
do preconceito pr+nto a servir à nova geração



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