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c57 x rizz – sursis ii lyrics

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já recomposto não parei no lugar suposto
subi mais alto do que pretendia
senti o vento a tocar-me no rosto
o mês era agosto ao vigésimo dia
por quatro previa uma vida vazia
p’rá mente o que queria era pouso decente
ali eu via a via que alivia
diferente apatia noutro continente
confronto surgia
o que sabia tornou-se evidente
enquanto o meu horizonte expandia
de longe ouvia avisar: “sê prudente”
p-ssava rente ao lado de trovões
na vertigem eu vi que tinha companhia
voava acompanhado por dragões
a origem da chama que me protegia

rugindo disseram:
“somos opções
aspiração oposta à cobardia
aqueles que te deram sonhos, ambições
motivação e a força que te guia
num bater de asas criamos visões
do que -ssegura e te der harmonia
há quem diga que não p-ssamos de ilusões
ou de simples loucura, mera fantasia
interpretação
porque ela difere em várias culturas
o preconceito conosco é enorme
são tantos olhares quanto as nossas leituras
fica ao teu critério, sem objecção
se quiseres falar-nos do que procuras
mas se por ti não for intromissão
podes dizer então: que te traz às alturas?”

cheguei aqui vindo da profundeza do mar
e só queria uma béca de paz
o que procuro encontrar de certeza
mas isso já foi há uma década atrás
pensei no céu que de certo me isole
afastar-me do mundo sombrio e voraz
eu tentei voar tão perto do sol
e não senti p-ssar este frio que faz

achei-me capaz de não esquecer o que eu era
nesta alt-tude onde luzes dançavam
e na verdade que a idade impusera
não eram tesouros que cruzes marcavam
em vapores sei como tudo se altera
mas contudo a dor que tu tens não lavam
quando me aproximei da mesosfera
foi para ver porque é que as nuvens choravam

é sem saber onde vamos que a nossa razão alucina
aprendi a ver o que damos
treinei a visão com aves de rapina
voos razantes e já foram tantos
eu agradeço tudo que o céu me ensina
mas sinto que já visitei sete cantos
e o que procuro não está cá em cima
só grifos e a simbologia
gárgulas com olhar pesado
e gritos de quem me dizia
“círculas no lugar errado”
disseram de mim que morria
mas ninguém via o meu corpo parado
eu perguntava e alguém respondia
que só existia num sonho acordado

conheci fadas, sei que a vida delas
só parafraseia os gemidos do mar
construí estradas, criei cidadelas
castelos de areia erigidos no ar
p-ssei tanto tempo sem gravidade
que já nem me lembro do que é caminhar
desta razão que pressiona e me invade
lamento que já não sei como pousar

“tenta perdoar
mas por favor, antes, aceita o perdão
a pressão que sentes é p’ra te lembrar
que sem ela diamantes já foram carvão
descreves a reacção de esperar
para quem viveu anos tão longe do chão
e se quiseres quando o vento mudar
nós aproveitamos e damos-te uma mão”

então agarrei-me às placas dorsais
e a seguir descemos em voo picado
entre as auroras, eventos polares
estrelas cadentes p-ssaram ao lado
p-ssamos fases e textos a mais
que escrevi no céu com a pena do p-ssado
por entre as horas e ventos solares
seres permanentes de tempo contado
a voar em espiral
em queda livre num amanhecer
saímos da turbulência fractal
e vimos a humanidade a crescer
na perspectiva, a tentar iludir-me
foi onde pousamos para descer
mas sem receio pisei terra firme
e senti finalmente este peso do ser



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