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capicua – vinho velho lyrics

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provo da tristeza como um vinho velho
e mesmo -ssim eu espero não partir o espelho. e digo
que confio no teu bom conselho
mas se for preciso ainda consigo esmurrar um joelho. e sigo

[verso 1]
sinal vermelho é verde tinto
se o meu instinto me diz que sim, sigo o que sinto
e nem por isso serei impulsiva
posso ser tão optimista que até deus duvida
só desisto quando há fumo branco
até à solução pondero até à cisma
eu ultrap-sso a lebre num instante
na competição sou tartaruga ninja

[refrão]
como uma esfinge, eu fingo que sou de pedra
que sou dura na queda
mas a perda eu evito
e como a vida é como a tal caverna
nesta alegoria eu queria ter uma laterna e um livro

[verso 2]
para ser livre é preciso ter coragem
muitas vezes sou cobarde e suavizo na dosagem
com o eufemismo na boca, sou felino na toca
evitando uma troca de olhar, e não se nota
que me esquivo do conflito, que finto a rotura
eu não domino o desapego e cedo ao peso da culpa
para mim é tortura ter de partir um coração
para ser mulher madura ainda me falta aventura
e saber dizer que não
não. eu não sei dizer que não

[bridge]
eu provo da tristeza como um vinho velho
e mesmo -ssim eu espero não partir o espelho. e digo
que confio no teu bom conselho
mas se for preciso ainda consigo esmurrar um joelho. e sigo

[refrão]
como uma esfinge eu fingo que sou de pedra
que sou dura na queda, mas a perda eu evito
e como a vida é como a tal caverna
nesta alegoria eu queria ter uma lanterna e um livro

[verso 3]
o vinho velho, o tabaco cubano
o meu pai e o mano, a teresa e a mãe
a tua barba, a cama e a carta
as palavras da marta e toda a gente que vem
para ver no palco, o que digo bem alto e
quando os vejo espanto este medo que tenho
e o papel perfumado
com que tenho forrado a gaveta do quarto
onde guardo o além
uma foto do bicho, um vestido e um livro
um relógio e aquilo que tenho escrito também

[bridge]
eu provo da tristeza como um vinho velho
e mesmo -ssim eu espero não partir o espelho. e digo
que confio no teu bom conselho
mas se for preciso ainda consigo esmurrar um joelho. e sigo

[refrão x2]
como uma esfinge eu fingo que sou de pedra
que sou dura na queda, mas a perda eu evito
e como a vida é como a tal caverna
nesta alegoria eu queria ter uma lanterna e um livro



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