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desnorteado – auto-biografia lyrics

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[verso 1]
em bairro pobre: branco, em bairro rico: pardo
mas branco ou pardo eu sou apenas mais um operário
dizem que eu fico tentando ser revolucionário
a única coisa que eu tento é não ser feito de otário
não sou camisa 10, nem 11, como o romário
sou pai feliz chorando na janela do berçário
em cima da estação, perdido entre os dois lados
dormindo na condução, quando dá pra ir sentado
jantar a luz de velas, mas não é por romantismo
balanço financeiro com cara de vandalismo
azar de maré feia, arrastando meu chinelo
de arrebentar o dedo quando escorrega o martelo
na p-ssarela velha, com medo do vento forte
agarro o corrimão por não poder contar com a sorte
estereotipado no fundo do coletivo
sem corpo sem ração, num mundo corporativo

[verso 2]
coadjuvante no filme da própria vida
sem placa de entrada ou mesmo porta de saída
a cerveja chocando lentamente na caneca
como galinha velha, contando os dias pra panela
a raquete na mão, como guga ou meligeni
buscando -ss-ssinato como arnold schwarzenegger
estalo no mosquito e na mente do poeta
que vai numa só linha de da vinci a pateta
catando os centavos e as conchas pela areia
partindo pra labuta na noite de s-xta-feira
invejando as risadas de quem vive abastado
e se diz abençoado, quando me digo explorado
a poesia escapa de sentido permanente
e segue esquizofrênica, -ssim, freneticamente
no papel rabiscado escrevo torto em linhas retas
palavras desconexas, formando idéias incompletas



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