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gabriel, o pensador – indecência militar lyrics

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[verso 1]
na porta do local do alistamento militar (indecência) esperando pela hora de entrar
de saco cheio estava eu lá (paciência)
sem nenhuma mulher pra agarrar e nenhum som pra escutar
e um monte de marmanjo do meu lado eu vi
então pensei: “porra. o quê que eu tô fazendo aqui?”
(pergunta sem resposta) e raiva lá dentro
foi -ssim que eu fiz o rap pra p-ssar o tempo

[refrão]
porque o serviço militar obrigatório é uma indecência
um ano sem mulher batendo continência
escravidão numa democracia é uma incoerência
um ano sem mulher batendo continência

[verso 2]
um ano sem mulher
só ralando (e o salário…)
não leve a mal mas isso é coisa pra otário
alguns podem até gostar da brincadeira
mas o serviço só é bom pra quem quer seguir carreira militar
mas rapá… pro pensador não dá
servindo o exército, marinha, aeronáutica ou qualquer porra dessa
num interessa
eu ia ser um infeliz e ia ficar revoltado como eu nunca quis
servindo quem montou a ditadura aqui no meu país!
usando farda
lavando o chão
sem reclamar de nada pra num ser jogado na prisão
(hum mas que situação)
batendo continência e fazendo flexão
para os caras que prenderam meu pai e mataram tantos outros inst-tucionalizando a repressão (não!)
agora acorda e concorda com esse refrão
(e porque não?)

[refrão]
porque o serviço militar obrigatório é uma indecência
um ano sem mulher batendo continência
escravidão numa democracia é uma incoerência
um ano sem mulher batendo continência

[verso 3]
nas mãos dos militares muito jovem já morreu
num quero ser soldado
quem manda em mim sou eu
isso é o defeito da nossa sociedade
exijo mais respeito pela minha liberdade
um ano da minha vida não pode ser gasto -ssim
escravizado por quem nunca fez nada de bom por mim
essa contradição alguém me explique um dia
serviço obrigatório não combina com democracia
a porta abre e todos entram
torcendo pra sobrar
enquanto isso dá vontade de cantar:

[refrão]
porque o serviço militar obrigatório é uma indecência
um ano sem mulher batendo continência
escravidão numa democracia é uma incoerência
um ano sem mulher batendo continência



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