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grognation – ciclo vicioso lyrics

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[conversa entre papillon e harold]
– lembram-se quando a stora mandou aquela piada, e não sei quê, “ah, ele não é burro, é africano e o caralho”
– isso não tem piada boy
– ya, um gajo sabe que não tem mas não devias ir lá falar com a stora
– eu fui lá mano
– a stora ficou toda fodida
– ela não tem que ficar fodida. quem tem que ficar fodido sou eu
– agora estamos todos fodidos
– nah boy! ainda vem aqui pedir para ter calma… calma o caralho boy
– já sabes como é que é
– há que cortar o mal pela raiz

[verso 1 – harold]
desde os 7 anos na tuga a ver os tais caucasianos
que nos metem no mesmo saco dos zucas, leste e ciganos
dizem que nós os africanos, estragamos portugal
e nos juntamos em bandos na segurança social
que somos burros, não estudamos, violamos, causamos danos
e roubos,lutas e -ssaltos são os nossos unicos planos
somos todos seres humanos, forma necessária
sou preto e nunca tive nenhum beef com a judiciária
e vejo sempre, diariamente o mesmo esteriotipo
olharem-nos de lado como se fosses esquisito
fazer blogs racistas p’ra por o país mais limpo
como se fosse mudar muito, o futuro já está escrito
limito-me como tu a responsabilizar-me pelo que digo
pelo sou, pelo faço, pelo que quero e solicito
orgulho-me de ser negro e acreditem, eu não minto
malditos disseram quase tudo e foi tudo mal dito
a tuga só vai evoluir no dia em que este conflito
for a mais caps lock e a menos negrito
como parar um conflito, quando seguimos um trilho ?
se criamos no ninho um pai racista até ao filho ?
podre xenofobia, discriminação social
à espera que portugal um dia julgue todos de igual
perante tal a cor nunca fez um marginal
o mundo fez ignorantes que usam cor como motivo p’ra tal

[verso 2 – papillon]
isto já nem é novidade, é um arquivo!
que permanece vivo! como um zombie no resident evil
parece que está morto mas volta
e com ele a revolta
e vontade de terminar com isto em definitivo!

preconceito é um conceito prefeito
de quem se julga perfeito
e só sabe apontar os defeitos
de qualquer outro sujeito
mas com que direito é que me olhas torto ?
me rebaixas e rebaixas outros só p’ra teu conforto ?
não é um questão racial, é um questão de respeito
dá-me uma beca eu aceito
um gajo também peca eu bem sei que
o nº 1 só se for suspeito árabe no aeroporto
e quando dizem que pessoas de cor sao só boas no desporto
eu só me rio, tipo o de janeiro lá no brasil
é o que acontece quando mentem e não é o 1º de abril
estão presos no alcatraz mental dessa ideia infantil
e estes versos destrancam as barras para que possas abri-lo
real talk
racismo é cancro social sem remédio
cujos doentes de habilitações nunca chegaram ao ensino médio
e é bastante a quantidade desse tipo de ignorantes
os que se ficaram pelas vogais e nunca chegaram às consoantes
inofensivos só batem à porta para baixar o estéreo
os mais hardcore só batem de máscaras tipo rei mysterio
e de facto a escravidão acabou há mais de 400 anos
mas a evolução é fazer de novas maneiras o que se fazia antes
então não espantes
se te revistarem mesmo que tu nada furtes
não te espantes ser parado pela bófia de 5 em 5 minutos
não te espantes estar sempre um p-sso atrás
por mais que te esforces e estudes
ser constantemente mandado p’ra tua terra e esse tipo de at-tudes
pois

isto já nem é novidade, é um arquivo!
que permanece vivo! como um zombie no resident evil
parece que está morto mas volta
e com ele a revolta
e vontade de terminar com isto em definitivo!

[continuação da conversa]
-ya mano, tens toda a razão boy mas sabes como é que é boy, um preto num país de branco é foda
-é foda mas nós temos de mudar a at-tude mano. nós temos de parar aí de nos fodermos uns aos outros e ponto final
-fod-sse, temos de acabar com essas merdas, de alimentar essas merdas pa. o branco já não tem culpa de muita merda
-não tem boy. que se fodam essas diferenças. não há distinção

[verso 3 – papillon]
não sei se rio ou se choro, rio desta tragicomédia
tão triste que me ponho a rir de uma matéria séria
não bastava um enchovalho da sociedade e dos média
sobre as pazes, para os negros aumentarem a miséria
liberta-te
da mentalidade cachico
querer -ssaltar um branco por pensar que o branco é rico
quando há muitos brancos que p-ssam fome contigo e digo
antes mil vezes pobre que mentalmente mendigo
e em qualquer estação perpetuam a nossa má impressão
racistas no coração, jornalistas de profissão
realizam filmes de acção e adivinha quem é o vilão…
usa a cabeça pensa “não compensa” e não lhes dês razão

[verso 4 – harold]
tu sabes que não é novo, isto não é novidade
a certa tonalidade, que é ofensa à autoridade
repara que na verdade, o people da pnr
actua bem disfarçado de psp ou gnr
mano, o peixe morre pela boca
nós morremos pela pele, pela raça que nos enforca
brotha, vê os dois lados da merda na cidadela
todo o black que é inocente vai levar sempre tabela

[verso 5 – papillon]
não sei se choro, se rio ou ignoro, por favor diz-me
diz-me com que moral defendo n-ggas de racismo
se nos matamos a nós próprios como suicidas no terrorismo
já não existem chicotadas, é só sadomasoquismo
e é triste, vê mal como (?)
morrer pelo teu presente e tu ainda não abriste
a mente, lamento, perderam a vida p’ra isto
vives entre puros e mistos
latões e escuros, só visto
abram os olhos vejam como quem vê
aqui é só brasil, angola, guiné, cv
pois quem vê a verdade, vê tudo mais transparente
e quando a cabra é cega o caminho traz paredes

[verso 6 – harold]
norte a sul nada mudou, não interessa a margem
os media revoltam mentes dos que se cedem a lavagem
revoltam mentes dos que só veêm uma abordagem
e pintam-os como animais que tornam o país selvagem
só bobagem, faz impressão a instrução de alguns
que criticam educação, não p-ssam de burros comuns
que pisam os outros com bocas, mitos e zumzuns
merda de gente e valores, que vão para valas comuns



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