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kap – acapella lyrics

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[1º verso]
vivemos numa linha ordenados pelo presente
destacados pelo p-ssado, alinhados por um pai presente
ou então atrapalhados pelo inverso
consumindo verso a verso cada som que nos p-ssa à frente
uns são amados com brinquedos e mimados sem ter medo
mal tratados por um dedo que tocou na cara
nós fomos amados sem criados e mimados sem os gastos
educados numa escola mal educada
somos partes partidas do mesmo todo
jogadores que pregam partidas nas duas partes do jogo
nós somos contrários mas nem sempre adversários
somos ambos horas de sono em duas partes do sonho
nós sonhadores sem limites e fronteiras
sabemos que quanto menos se dorme mais pretas são as olheiras
nós somos filhos e netos de quem nos fez
e dissemos até logo em vez de dizermos adeus

[2º verso]
a deus conto as histórias de mais um último adeus
aos meus só conto as lágrimas largadas pelos seus
desaparecimentos trágicos inesperados
bombas de sofrimento, filhos desesperados
bro não faças essa cara a vida ainda te vai sorrir
há-de te trazer um pequeno para te fazer existir
há-de te fazer mais sereno para tu poderes construir
no seio de um duro inverno, uma família pra -ssumir
e eu sei que tu vais aguentar sem fugir
o medo e a frustração que o teu filho te veja partir
mesmo que seja cedo ou não, só te vais poder contrair
e a contração dos vossos laços só o vai explodir
devastação, completamente o que deixaste
um filho sem pai com padrasto, com um sorriso que tu mudaste
a isto ainda não chegaste, mas quando sentires que acabaste
lembra-te dos teus 17 e pela merda que p-ssaste

[3º verso]
imagino-te semanas antes do dia marcado
com um sorriso que nunca antes tinha sido forçado
que era inocente e que em instantes se virou pra baixo
face à insistência e persistência de um destino adivinhado
outra semana, mais dois pontos ligados
faltava-te uma parcela e já tinhas o resultado
tiraste a prova dos nove e sentiste o já destinado
quando em forma de adeus o teu pai te caiu nos braços
mudou tudo só num mês, os sorrisos já ninguém vê
e aquela conta que deus fez era uma subtração
e após anos de circunferências, no fim da sua vivência
pela primeira vez ele chora e dá-te a mão
diz-te o quanto te amou e ficou por dizer
diz-te o quanto lutou para te ter
numa despedida dramática, limitada por si
limitou-se a quatro palavras – “gosto muito de ti”

[4º verso]
agora relembro aquela fria manhã de sábado
em que o sol descongelava as lágrimas de forma rápida
em que o teu coração juntava as partes de uma dor esperada
e em que o meu corpo fraquejava ao ver-te baixar a guarda
agora lembro-me do que fiz para esconder isso
a forma como me contive pra te mostrar um sorriso
e enquanto eu te abraçava o quanto imaginava
o tanto de dificuldade que era p-ssar por isso
-ssim é a vida e os fins fazem parte dela
e se este não é o teu fim então parte nela bro
ela vai-te moldar por mais que sejas duro
e vais tapar o sofrimento com um simples carapuço
preto ou não, isso não significa luto
mas o ringue abriu para ti, deixaste de ser aluno
não quero ser presunçoso, só quero saber dos meus
mas se nos vamos ver lá em cima porque dizemos adeus?

[gervásio]
por isso, caro amigo zé rui, do nada nasce tudo!

[kap]
está feito



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