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marcelo tooty & rafael remic – cactos lyrics

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[intro: marcelo tooty]
hey, 23

[verso 1: marcelo tooty]
cactos no deserto
têm como propriedade de sobrevivência armazenar água
calma!
sabia que não me queria perto
mas daí transformar folha em espinho?
só pra poder furar a palma da minha mão que tocou no seu peito
queria ouvir seu coração mas com todo o respeito
tava sem beat pra rimar e esse era perfeito
porém cansou de me enganar, mandou eu ralar peito
dito e feito
segui meu caminho
juntei os meus cacos no chão e disse: “tô sozinho!”
na real
percebi que tô sempre com os irmãozinhos
com calo de tanto correr atrás procurando o pergaminho pra el dorado
sentido figurado
filho desnaturado
fazendo meu legado
ainda não mensurado
a tempos rasurado
espirito curado em não ir em busca de quem não vale um tostão furado
igual você
me trocou por esse sujeito e nem ao menos me deixou de predicado
nessa oração, no mínimo tu deu um jeito
de ser fácil identificar quem foi o mais prejudicado
você também
estagnou na vaga e eu fui além
quem sabe num futuro você vem procurando um outro final
e o que eu vou ter pra lhe dizer:
“tchau-tchau!”

[refrão]
não me espere, meu bem
porque eu não vou parar
acelero em busca de outra dimensão
a não ser que você queira me acompanhar
então cola comigo, vamos pra ascensão
não me espere, meu bem
porque eu não vou parar
acelero em busca de outra dimensão
a não ser que você queira me acompanhar
então cola comigo, vamos pra ascensão
não me espere, meu bem
não me espere, meu bem
não me espere, meu bem
porque eu não vou parar
não me espere, meu bem
não me espere, meu bem
porque eu não vou parar

[outro: rafael remic]
não me espere, meu bem
não me espere, meu bem
porque eu não vou parar, não…
remic

[verso 2: rafael remic]
cactos no deserto
são como seres humanos
seus espinhos machucam e causam mágoas
eu bem preferia esse frio descoberto
respiro de peito aberto
paro e mantenho a calma
eu sei que você sofre -ssim como eu
ainda procuro a sorte e o azar é seu
queria controlar os sonhos igual morfeu
sair desse pesadelo sem pausa, ei
a vida bate, sei que bate sério
(ei, am)
nunca mais vou voltar num cemitério
(ei, am)
procuro nessas lápides um par de frases
dizem: “morra bem, viva rápido”
amém!
na linha cruzada
a chance agarrada
minha linha é direta
sai na madrugada
na folha a caneta risca e trisca minha tristeza
porque essas palavras faíscam e tão acesas
eu tenho uma certeza
(qual é?)
todo suor são águas do p-ssado…
igual rashid, eu tô virando a mesa
e no presente é diferente
eu não vou ser prejudicado
(oh-ah)
eu posso ser o tédio aí no seu domingo
um remédio que traga prazeres mórbidos
em qualquer caso eu sei quando cê ta mentindo
vestindo um sorriso falso de como isso é óbvio
ouviu?
o disco que eu botei do caetano
cantando a letra errando, ainda tô imitando
eu tenho esse problema como…
tantos
quantos
cê já viu p-ssando?
vai ver como isso vira
gira mundo, jinga
vinga é outro -ssunto
isso é tenso e purificado
como meditação
coleção de frustração
cada palmo dessa mão deixa um recado
novos hábitos e cálculos e mais
isso é básico
um p-sso eu peço paz
nosso som é sonolento
é só tormento entre outras cenas
sentimento de quem tá aqui
jaz
não me espere, meu bem
não me espere, meu bem…
fala, fala, fala, fala
falafalamemo



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