azlyrics.biz
a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 #

nerve – lenda lyrics

Loading...

[intro]
“…vocês abram aí caminho, por favor… abram aí caminho
deixem p-ssar, por favor, recuem, por favor…
recuem, por favor…
façam favor de recuar… não custa nada, um bocadinho mais…”

parabéns, puto, parabéns
põe-te a estudar

[verso 1]
um dia, eles vão dizer que eu fui uma farsa e que todas as minhas peças foram escritas por uns anónimos génios da minha época;
que eu era fraco nas aulas, sem dívidas à inteligência e não podia andar para aí a parir poemas
porra, eu perdi centenas de horas, eras, de volta desta obra
estou pronto a pregar uma sesta como o campónio do miguel torga
já vi tudo. a vida é somente fumar, queimar o tempo
escrever, deprimir e recusar concertos
lamento mas, ó minha gente, vim agraciar-vos só com a presença
tudo indicava que hoje ficava em casa, a encher a cabeça
conheçam-me, longe de mim
cuspo fogo viscoso num vergonhoso nicho
misto de loucos, freaks, geeks, que me segue como se eu fosse cristo
“nerve ouve-se.” – é? fixe
deixa só queimar uma década e ele sai do alçapão, pálido
de barba pelo pélvis, e diz: fiz um novo disco
já estou a ver os fãs com náuseas, a sair da sala, tipo:
“foda-se, eu paguei para ver um espectáculo, este gajo está a brincar com a malta”
interacção com o público? eu? eu subo ao palco e tenho um monólogo
agora é ter paciência como o meu psicólogo
se, por obra do destino, isto está a gravar, antes de mais, eu queria agradecer por tão privilegiada oportunidade de expor o meu pranto, perante vós, com sangue na voz
se for demais, digam: “nerve, isso não é interessante para nós”

“tudo muito bem mas…” “mas? mas o quê? mas o quê?”

[refrão]
quem? eu? não sabeis? uma lenda
quem eu sou? uma lenda
depois de séculos a aviar versículos, querem que eu vá surgir numa de:
“ah, não sei. já foi há muito. por agora, eu fico-me. e amanhã, quem sabe, eu sou”
quem? eu? não sabeis? uma lenda
quem eu sou? uma lenda
quando eu nasci, planetas alinharam-se como que numa vénia cósmica ao imperador
a luz mudou e estrelas escreveram o meu nome num céu bordô

[verso 2]
ouve, não me oiças
(morre.) olá, boa noite. o meu nome é n-n-n-não interessa e eu costumava escrever umas coisas
não se incomodem comigo
eu estou só para aqui a gastar membranas de microfones, quando dava um óptimo mendigo
o tempo que perdi no disco chegou para incorporar versos sobre isso mesmo e agora ter um verso sobre ter versos sobre isso
não singrei por um triz
tão feliz, dei concertos de merda em algumas das melhores casas do país
“– é? e então?” – e não estou nisto para, mais tarde
ter o prazer de dizer “filho, olha o que eu fiz com a tua idade”
mas sim para, quando ele perguntar “porque é que a mãe nos deixou e não há comida na mesa?”, eu lhe pregar uma lição acerca de prioridades
no outro lado do mundo, eu teria esta casa cheia. (à pinha)
e umas sete capas de cd com esta cara feia
eis a mente visionária e sem emprego, como se a minha especialidade fosse tapeçarias da malásia
aposta que, se esta brincadeira da conquista mundial der para o torto, eu sei onde é a saída e tenho a nave lá fora
vou de casa e ego às costas. sem destino, porém sem medo
pois quando fizerem um filme de mim, isto ainda vai enriquecer o enredo
(ya, é mesmo isso, puto)

[refrão]
quem? eu? não sabeis? uma lenda
quem eu sou? uma lenda
do meu pináculo, digo: mãe, perdoa eternizar-me por nome este, em vez do nome que por mim escolheste
não quero parecer ingrato, mas…
quem? eu? não sabeis? uma lenda
quem eu sou? uma lenda
e se, por ventura, a minha conduta não se coaduna com os “princípios e parâmetros de avaliação de carácter” desta esc-malha, então quero mais é que morram longe
quem? eu? não sabeis? uma lenda
quem eu sou? uma lenda
quando eu nasci, planetas alinharam-se como que numa vénia cósmica ao imperador
a luz mudou e estrelas escreveram o meu nome num céu bordô



Random Lyrics

HOT LYRICS

Loading...