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questão utópica – alex full & rorschask lyrics

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[produzido por ceso]

[verso 1: ask]
meu tom é satírico em versos líricos
meu rap é empirico, isso é veridico
ask na rima é acerto crítico
converto críticos sem meio ilícitos
e limito-os aos mitos que os
prende em teorias pragmáticas
to na prática sem estrela náutica
rap é meu escudo conheço a heráldica
conheço o mal de cada um
ao meu redor eu cresci entre os pior
“querendo paga de rua” inb4
eu tirei leite da pedra toda
me chamem de rômulo, o rap é a loba
jab no pômulo, caiu pa lona
piada de cúmulo, mestre que faz cerimônia
hesita em ajudar quem bebe da mema fonte
soldados de verdade morrem antes mas tomam o fronte
to nessa desde onte mil ideia na mente
mando papo de futuro illmatico e ceis apático “é queeeente”
(foda-se) não gasto grandes ideias com pequenos sócios
eu sigo nessa de fugir do ócio, papo torto
gregos valorizavam isso e hoje tão tudo morto
o meu sonho não se mede, criador de poiesis
no som ask põe teses, os outro só poem fezes
mc que se preze entende, a corja nem tenta
homens mais rapidamente negam uma verdade dura do que a enfrenta
mortal tipo a piada de alan moore
minha insanidade em um dia ruim
não abre a boca, se não eles te empalam por
que com essas rimas fracas, só esperamos o seu fim

[skit]

[verso 2: uthopia]
sou o pupilo auto ditada
que dilata pupílas
avulso ao uso de pílulas
expulso o abuso de fístulas
do teu pulso jorram gotículas
impulso difuso na tua mandíbula
lançando versos como oscar
arquitetados friamente de forma cirúrgica
o cineasta que caga pro oscar
a arte que faço é pra quem urge ficar
meus tons te destroem, teleguiados te levam pro teleton
sou redbull te mandando pelos ares
ao c-me da energia, solo de clapton, rocha de krypton
tipo megatron usando megatons nucleares
com o telefone fora do gancho
mas no comando total das linhas
com mais fome que o telê quando cancho
cada linha é um gancho direto na espinha
e se eles late eu não me choco, sou chocolate pra diabético
o diabo é ético? até que eu o mate
jogando sacrifícios ao zigurate, frio igual iglu
late, que a matilha te dá xeque-mate
formando meus recifes com meus cnidários
no meu dromedário, controlo o auge como dário
eu cai já nesse beat e tô tratando ele como um diário
som sem faixa etária, baixa o obituário de quem foi contrário

[skit]

[verso 3: ask]
faço chover versos de qualidade
tira suas punch do varal
ceis num guenta nem a metade
do meu -rs-nal
tipo thierry no -rs-nal
eu sou letal
mcs sem ar na cena
roubei o “ar cenal”
o maior neologista que você respeita
aceita ninguém me peita
só peida, burlo a lei da
selva, sangue na relva
o advogado que prende o juiz
antes que o réu va
preso por ser a presa
leão ileso com sangue na presa
cartas na mesa presta atenção
existe bons e maus jogadores
e não boas e más mãos

[verso 4: uthopia]
linhas pífias como uma trinca de pife, não pife
com uns patife na frigideira igual bife
frito “beef” com escárnio, encarno phife nesse beat
é aula, não é hit, epílogo decidido desde o índice
sem lamúria, ouça, uma ação é bráctea da outra
ache os remos e domine a onda
com a fúria de uma onça tive controle da via láctea
sou remo e o rap é a loba
temperaturas se elevam com meu temperamento
mato templários em curto tempo com temporais
tempero pra tua têmpora, linhas tipo têmpera
torrentes tempestuosas, versos atemporais
trago tenébrios à hórus, -ssimilo o sibilo entre os poros
ébrio no ouro e no boro, e em nas máximas de ouroboros
júbilo para quem sobe no púlpito
trouxe o soro, espalhei esporos
éforos à la pulp fiction, sean penn
p-ssos de um homem entre mortos
tu acaba em marte depois de eu disparar o bacamarte
“diz pra ele parar!”, antes que eu afunde a barca e te mate
incinero esse mic, como em copenhague, pirotecnia de circo
soltando flamas, a pior ferida que inflama, chama o psico



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